Você, amante dos bons vinhos, já deve ter ouvido a expressão “terroir” inúmeras vezes. Há quem diga que um vinho de qualidade excepcional já vem pronto na uva, no vinhedo. E isso não deixa de ser a mais pura verdade.
Terroir é uma palavra francesa impossível de ser traduzida em qualquer outra língua. Por isso mesmo, já foi protagonista de inúmeras polêmicas no meio enófilo.
A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) definiu terroir como:
Terroir: conceito que remete a um espaço no qual está se desenvolvendo um conhecimento coletivo das interações entre o ambiente físico e biológico e as práticas enológicas aplicadas, proporcionando características distintas aos produtos originários deste espaço.
Complexo e rebuscado, não? Então, a Larousse do Vinho traz outra definição, um pouco mais acessível àqueles que ainda são leigos nesse mundo.
Terroir é uma palavra francesa sem tradução em nenhum outro idioma. Significa a relação mais íntima entre o solo e o micro-clima particular, que concebe o nascimento de um tipo de uva, que expressa livremente sua qualidade, tipicidade e identidade em um grande vinho, sem que ninguém consiga explicar o porquê.
Ou seja, o terroir é todo o conjunto de solo, clima e topografia que irá dar origem a vinhos excepcionalmente bons. Algumas regiões, como a Champagne, Bourdeaux, Borgonha e Douro, são mundialmente conhecidas. Todas produzem vinhos muito particulares, alguns dos melhores e mais bem pontuados no mundo todo.
Conhecendo o seu terroir, aí chega a vez do homem entrar em ação: determina a casta (espécie de uva, varietal) que melhor se adapta ao terreno, decide-se pelo método de plantio e condução da vinha (de suma importância, visto que a uva necessita de muita insolação) e, já na cantina, direciona as técnicas de vinificação, a fim de que o trabalho iniciado pela natureza se conclua da melhor forma possível.