É certo que nenhum ser humano na face da terra sabe absolutamente TUDO a respeito de vinhos. Se mesmo o enófilo ou profissional que lê, estuda e degusta bastante, pode ter dúvidas, imagina alguém que acabou de aterrizar no mundo da viticultura?
Pois prepare-se para mudar alguns dos seus conceitos sobre vinho, inclusive aqueles que você deve ter trazido lá da juventude, quando tomava Sangue de Boi com seu tio.
“Vinho, quanto mais velho melhor”: poucos vinhos são destinados ao envelhecimento, ou seja, à guarda. A maioria deve ser consumida jovem ou com poucos anos de estágio em garrafa. Grande parte dos vinhos, antes de ir para a garrafa passa um tempo amadurecendo em barricas de carvalho, uma madeira porosa, que permite a micro-oxigenação do vinho, conferindo-lhes aromas agradáveis, especialmente de madeira e baunilha. Esta fase é importante, sobretudo no caso dos tintos, para equilibrá-los melhor no quesito tanicidade (aquela sensação de cica que fica no céu da boca) e acidez.
“Que gostinho bom de uva”: apenas alguns vinhos finos têm sabor que lembra a uva (como por exemplo, Moscatel, Gewürztraminer, Malvasia). Vinhos com cheiro acentuado de uva costumam ser de baixa qualidade.
“Vinho Suave”: o correto seria o termo “vinho doce”, quando nos referimos a vinhos de sobremesa. Suave é palavra associada a vinhos que foram adoçados artificialmente com açúcar.
Agora que você já sabe esse pequeno bê-a-bá, continue aprimorando seus conhecimentos e degustando ótimos vinhos. Domingo tranquilo para todos! Salut!