Sou apaixonada por vinhos e história. Por isso, fiquei encantada por “Vinho e Guerra”, de autoria do casal Don e Petie Kladstrup, colunistas da renomada revista Wine Spectator.
HISTÓRIA CONSISTENTE E BEM AMARRADA
Não se trata de uma obra sobre vinhos e muito menos a respeito da guerra. É sobre “Vinho e Guerra”, exatamente como explícito no título. E os autores conduzem a narrativa com maestria, visto que toda ela se baseia em depoimentos reais de famílias das regiões produtoras da França e seus descendentes.
Prepare-se para rir e se emocionar com as histórias, sobretudo de sabotagens que a resistência francesa impunha aos alemães, a começar por esconder seus melhores vinhos em paredões, vendendo o que há de pior para os invasores, que não entendiam muito sobre a bebida.
A GRANDE JOIA DA FRANÇA
O final (e o início) é quase como naquelas histórias hollywoodianas, quando os soldados mocinhos se deparam com uma lendária adega no Ninho da Águia, fortaleza particular do tirano Adolf Hitler, localizada nos Alpes Bávaros.

Fato é que os alemães sabiam muito bem que os vinhos sempre foram a grande joia da França. Justamente por isso, Hitler, que nunca foi apreciador, decide saquear e pilhar o quanto fosse possível de Champanhes, Borgonhas e Bordeauxs. Quanto mais raro melhor. Inclusive, Hermann Göring, fundador da Gestapo, não abria mão de sua adega lotada de Chateau Lafite Rothschild, tão notória era a sua predileção por Bordeauxs de alto nível.
Atualizado (14/05)
Hoje decidi revisitar esse post justamente porque tive vontade de reler esse livro. Afinal, quando a leitura é boa e nos faz viajar, a mesma faz com que a gente reviva um pouco as emoções da época em que nos enveredamos na história pela primeira vez.
Por exemplo, li duas vezes a biografia da Viúva Clicquot, da Tilar Mazzeo e afirmo com toda a certeza que a segunda leitura foi ainda melhor que a primeira. Tudo porque no intervalo de tempo entre uma e outra passei por diversas experiências, a medida que vinha adquirindo mais conhecimento sobre o mundo do vinho. Espero que com “Vinho e Guerra” seja igualzinho.
Então é isso, enoamigos! Bons vinhos! Ótima leitura e até a próxima! Tim-Tim!
Republicou isso em Vila Viníferae comentado:
Quando o livro é bom, a gente quer ler de novo!
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