Mulheres do Mundo do Vinho: Força, Beleza e Intuição

Nós, mulheres, somos conhecidas por nosso sexto-sentido, ou seja, intuição, sensibilidade…. o tal do “feeeling”. Sem falar em nosso olfato apurado para perfumes e vinhos. Por isso, atualmente o mundo do vinho anda povoado de mulheres, a começar por esta que vos fala.

Ao longo da história, foram inúmeras as mulheres que contribuíram para que o vinho se tornasse uma das bebidas mais amadas do planeta. Vamos a algumas delas:

ALEXANDRA MARNIER (CASA LAPOSTOLLE)

Entre aquelas que até hoje são lembradas como verdadeiras musas de Baco, está a francesa Alexandra Marnier, que criou a Casa Lapostolle, no Chile. Seu Clos Apalta 2005 foi eleito o vinho do ano pela renomada revista Wine Spectator. Sua trajetória no Chile se iniciou em 93, ao comprar uma adega.

Quando esteve em Apalta teve um pressentimento (olha o sexto-sentido aí…rs.) e levou o consultor Michel Rolland, que confirmou sua intuição. O terroir era uma joia, vinhedos de 1920 no solo e microclimas perfeitos. Após a primeira colheita, em 94, ambos ficaram muito empolgados e decidiram continuar. Surgiu Clos Apalta 2005, que colocou os sul-americanos em 2008, definitivamente na rota dos melhores vinhos do mundo.

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LAURA CATENA (CATENA ZAPATA)

Não podemos esquecer, ainda, de Laura Catena, embaixadora da uva Malbec no mundo. Ela é filha de Nicolás Catena, um dos mais respeitados nomes do vinho argentino. Estudou biologia em Harvard e medicina em Stanford, mas abandonou esta última para se dedicar à viticultura, em meados dos anos 90.

Atualmente, Laura é o braço direito do pai nas Bodegas Catena Zapata, onde atua como vice-presidente, sendo que ainda encontra tempo para dirigir suas próprias vinícolas, Luca e La Posta.

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Laura Catena

LALOU BIZE-LEROY (DOMAINE LEROY)

Já a Madame Lalou Bize-Leroy foi diretora do Domaine de La Romanée-Conti, terroir de um dos melhores vinhos do mundo. Saiu de lá em 1989 para fundar o Domaine Leroy, vinícola superpremiada na mítica região francesa da Borgonha. São nove grands crus, oito premiers crus e oito denominações comuns (village).

Madame Bize-Leroy é uma figura lendária, mulher de garra e que não abre mão de suas ideias. Em 88, aderiu à agricultura biodinâmica quando esse tema nem sonhava em estar na moda. Visionária, passou a dispensar todos os tipos de fertilizantes e segue as influências dos astros, como as fases da lua, a posição das estrelas, entre outras.

Segundo esta papisa dos vinhos, os vinhedos do Domaine ficam em torno dos 19 hectolitros por hectare. O mínimo da região de Bordeaux é de 55 hectolitros por hectare.

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Madame Bize-Leroy e suas amadas filhas

“Em alguns vinhedos, um pé de uva gera apenas uma garrafa de vinho, o que ajuda a justificar os preços altíssimos”, diz Madame Bize-Leroy

Leroy possui uma ligação praticamente espiritual com suas vinhas e diz que elas são caprichosas. “Quanto mais você as mima, mais elas demandam”.

Nascida em 1932, a francesa, filha de um negociador de vinhos, começou a trabalhar com a bebida, substituindo-o nos negócios. Em 74,tornou-se co-gerente da mítica Domaine de la Romanée-Conti (DRC), uma das pérolas da Borgonha. Responsável pelo marketing, ela fez da vinícola uma das mais famosas do mundo e encerrou suas atividades nesta em 1989 para fundar seu próprio vinhedo.


Essas são mulheres que me inspiram todos os dias a nunca deixar de lado meu sonho em trabalhar no segmento de vinhos. Apesar de bem-nascidas, souberam conduzir magistralmente o seu negócio, agarrando as oportunidades com unhas e dentes.

Que elas sejam inspiração para vocês também, a fim de que possamos sempre nos lembrar que o que importa mesmo na vida é ser livre para seguir nosso destino.

Feliz Dia da Mulher! Ótimos vinhos! Tim-Tim!

 

 

 

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