Você é do tipo que, no restaurante, quando o garçom ou sommelier serve o vinho, fica meio perdido, sem saber o que fazer?
Pois o Vila Vinífera trouxe um pequeno bê-a-bá para você não fazer feio nestas ocasiões.
Nos restaurantes, existe um antigo ritual – aquele em que o cliente prova o vinho antes que o sommelier o sirva- que deixa muita gente com a pulga atrás da orelha. O mais comum é a pessoa se perguntar, “o que acontece se o cliente não gostar do vinho que já foi aberto? Devolve a garrafa, e a casa fica no prejuízo?”
Na verdade, esta prova não é para atestar se o vinho é bom, mas se está bom. Logo, o intuito é que o cliente apenas verifique se o vinho está apto para ser degustado. Afinal, a bebida pode estar oxidada ou bouchonné – aquele gosto de rolha, típico do vinho que sofreu ação do fungo TCA – . Somente condições como essas habilitariam a devolução da garrafa.
Uma vez escolhida a bebida, o profissional responsável pelo serviço apresenta a garrafa fechada ao cliente que fez o pedido, a fim de que este confira no rótulo se é a mesma bebida, safra e uva citadas na carta de vinhos.
Após esta primeira verificação, o profissional abre a garrafa e serve uma pequena quantidade ao cliente, que deve experimentar, para se certificar de que a bebida está na temperatura adequada e em boas condições, ou seja, de que não está oxidado e nem bouchonné.
Se tudo estiver OK, o cliente dá o aval para que o vinho seja servido. Aí sim, os outros integrantes da mesa terão suas taças preenchidas, sendo que aquele fez o pedido fica por último. Caso detecte algum dos problemas anteriormente citados, você pode pedir para que o profissional prove o vinho e constate o defeito. Restaurantes sérios nem questionam quando isso acontece. Na mesma hora já ordenam a substituição da garrafa.
Vale lembrar que este ritual deve ser realizado com naturalidade. Nada de ficar fazendo bochechos com a bebida, ao menos que você queira ser qualificado como “enochato”. Afinal, trata-se de uma refeição e não de um concurso de degustação.
A maioria dos restaurantes permite que o cliente leve o próprio vinho de casa, mediante taxa de rolha (tarifa que gira em torno de R$50 a R$100 por bebida de fora). Alguns estabelecimentos já consideram instituir a isenção desta taxa, nem que seja em apenas alguns dias, durante a semana. Por isso, é de bom-tom certificar-se antes, por telefone, se a carta de vinhos da casa não possui o rótulo pretendido, além de confirmar se a taxa de rolha é ou não cobrada.