Bê-a-Bá da Degustação (Parte 4)

Até que enfim, chegamos no último capítulo do nosso Manual de Degustação para Iniciantes. Aqui, finalmente usaremos o paladar para realizar a etapa gustativa.

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COMO IDENTIFICAR OS SABORES?

  • Doce: percebe-se na ponta da língua.
  • Ácido: percebe-se nas laterais da língua.
  • Amargo: percebe-se no fundo da língua.
  • Salgado: percebe-se nas laterais anteriores da língua. Praticamente inexistente no vinho.

Na boca, é possível identificar o equilíbrio do vinho e isso depende da harmonia entre alguns fatores:

  • Tintos: tanino, acidez, álcool
  • Brancos secos: acidez e álcool
  • Brancos doces: acidez, açúcar e álcool

TRADUÇÃO SIMULTÂNEA:

Tanino: componente da casca e das sementes das uvas tintas. Dá ao vinho caráter e estrutura para envelhecer. Um vinho com excesso de tanino é áspero, adstringente e transmite uma sensação parecida com a de uma fruta com muita cica. Um vinho de taninos macios ou elegantes é um vinho bem elaborado, que já envelheceu por tempo suficiente.

Acidez: muitos associam equivocadamente acidez a um defeito. É o que dá à bebida qualidades como exuberância e vivacidade. Em minha opinião, um vinho sem acidez é, no mínimo, sem graça. Juntamente com o álcool (e o tanino, no caso dos tintos), a acidez responde pelo equilíbrio do vinho e sua capacidade de envelhecimento. Ela ativa a salivação nas laterais da língua, deixando a degustação bastante agradável.

Álcool: de suma importância para o vinho, ele é resultado da fermentação (transformação do açúcar da uva em álcool etílico). É um dos elementos responsáveis pelo corpo da bebida. Vinho muito alcoólico dá a sensação de doce, mesmo quando não tem açúcar residual. Se o vinho provocar calor e ardência na boca, indica que álcool e acidez não estão em harmonia, o que seria um defeito.

Retrogosto: após um gole, o vinho deixa sabor e aroma na boca. Estes podem ser breves ou persistentes, agradáveis ou ruins. Vinho simples tem retrogosto curto ou imperceptível. Vinho complexo possui retrogosto persistente.

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Assim finalizamos o nosso Pequeno Manual de Degustação para Iniciantes. Não se preocupe se, logo de cara, você não perceber todas essas nuances. Nunca tenha pressa em degustar um vinho. Se lhe agradar, provavelmente você estará diante de uma bebida bem-elaborada. Eu mesma ainda estou engatinhando neste universo. Às vezes acerto, em outras erro e, desta forma, vou exercitando meus sentidos.

E não há época melhor que o outono/inverno para desvendar os segredos de um bom vinho. Salut!

 

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