Uma das melhores sensações da vida é a de viajar, conhecer novas culturas e se surpreender com lugares antes situados apenas em nossos sonhos. Em se tratando de viagens internacionais, com horas de duração, a ansiedade costuma ficar à flor da pele. Comigo sempre foi assim. Se o voo for noturno, não consigo dormir, só de imaginar ,todas as coisas legais que me esperam.
Nessas horas, uma taça de vinho vai muito bem, obrigada. Afinal, a gente aprecia a viagem e ainda degusta a bebida devagar (pressa, só a de chegar ao destino). Um bom vinho faz a gente se esquecer um pouquinho de que está a 100 mil metros de altitude.
É verdade, que num primeiro momento, ao degustar um vinho em pleno ar, nosso primeiro pensamento é o de acalmar os nervos e relaxar. No entanto, é possível ter ótimas surpresas quanto à qualidade dos vinhos atualmente servidos por algumas companhias aéreas.
American Airlines
Em se tratando de Estados Unidos, é possível imaginar o que nos espera. Com famosas vinícolas, sobretudo na Califórnia, esta companhia americana sabe muito bem como recepcionar seus clientes. Aqui, você se depara com o Noble Vines 667 Pinot Noir, oriundo de Monterey. Pode esperar um vinho elegante, com notas de frutas negras, onde se destaca a ameixa, e cacau. Um rótulo equilibrado, com taninos macios e um toque delicado de carvalho.
Se a viagem é de negócios, nada melhor que apreciar um blend chamado “Flagstone Noon Gun”. Trata-se de uma mistura de Chenin Blanc, Sauvignon Blanc e Viognier, proveniente da Costa Oeste da África do Sul.
Na primeira classe, obviamente, vamos de Champanhe. Como diria aquele famoso samba, “Sonhar Não Custa Nada”.
Air France
O que esperar de uma companhia francesa? Ótimos vinhos, sem sombra de dúvida!
A Air France é a única companhia aérea a oferecer Champanhe para todos os passageiros, não importando o assento. Nós, da classe econômica, agradecemos. Até que enfim, nosso sonho se tornou realidade.
No voo que fiz pela Air France, há alguns anos, lembro de ter escolhido um Côtes Du Rhone Rouge. Não me lembro o nome, pois na época eu não entendia muito de vinhos franceses. No entanto, me recordo perfeitamente do quanto foi agradável degustá-lo.
Agora, na primeira classe eu já fiquei sabendo que são muitas as opções, entre elas o Champanhe Tattinger Cuvvé Comtes de Champagne Blanc de Blancs 2005. Um mimo de se beber rezando.
KLM
Holanda nos remete a Tulipas, Rembrandt, Van Gogh e seus belos canais. Enquanto nos dirigimos para esses lindos cenários, nos deliciamos com os vinhos da KLM.
Na Econômica, a companhia costuma manter dois ótimos rótulos do produtor sul-africano Julien Schaa: o branco e o tinto da linha Elements.
Para quem viaja na executiva, temos Champanhe Nicolas Feuillatte, de uma casa bem conceituada, além do branco Paul Jaboulet Viognier 2015 e o Tinto Rioja 2012, de Beronia. Uma forma interessante de degustar uvas não muito conhecidas e, nem por isso, menos apreciadas.
TAP
No voo que fiz pela companhia portuguesa, recém-adquirida pela brasileira Azul, tive oportunidade de degustar o tinto Esteva Douro, da Casa Ferreirinha, tanto na ida quanto na volta. Trata-se de um vinho básico para os portugueses, dos mesmos produtores do ícone Barca Velha. É jovem, rico em aromas de frutas com toques florais.
O jornalista Robert Parker, uma sumidade no mundo do vinho, o definiu como um vinho que “mostra boa profundida para sua faixa de preço”.
Eles também servem espumante, inclusive na classe econômica, mas não consegui ver o rótulo, apesar de ter experimentado e aprovado.
Confesso que fiquei surpresa com tantos bons rótulos disponíveis nos voos internacionais e torço para que um belo dia esse padrão seja transportado para alguns voos domésticos, sem prejuízos para os clientes. É meio utópico, eu sei… Mas, quem sabe em algum lugar do futuro…
Baseado no Original de Travel And Leisure