Dia 28 de maio é o Dia do Hambúrguer e sem dúvida trata-se de uma iguaria que já caiu no gosto do brasileiro! Basta ver que as hamburguerias artesanais estão tomando conta do mundo. Acaba de abrir uma bem pertinho da minha casa e, como boa amante do néctar de Baco, me peguei pensando sobre como combinar essa iguaria com um bom vinho.
Acima de tudo, hambúrguer harmoniza com descontração, risadas e um grupo de amigos em volta de uma mesa. Além disso, grande parte das lanchonetes vendem os sanduíches para viagem. Ou seja, é possível fazer uma rodada de hambúrguer em casa ou, se preferir, ainda se aventurar na cozinha para criar suas próprias receitas.
CARNE VERMELHA PEDE VINHO!
Para começar, o hambúrguer nada mais é que um sanduíche protagonizado pela carne vermelha. Logo de cara, penso em vinhos tintos ou, no mínimo, um rosé. O reverastrol e o tanino, presentes no vinho, servem como agentes desengordurantes, tanto para a boca que recebe o alimento gorduroso, quanto para as artérias.
E ao contrário do que muita gente pensa, cerveja não cai bem com hambúrguer, sobretudo sob o ponto de vista digestivo. Acho pesada demais para ser degustada com pratos à base de carnes gordurosas, mas essa é a cultura do nosso país, super-influenciada pelos americanos.
HAMBÚRGUER HARMONIZA COM QUAIS VINHOS?
Aqui a boa pedida são os vinhos que casam bem com carne vermelha, em geral. Aqueles encorpados ou de corpo médio, com taninos bem presentes e que realmente imploram por carne. Façam o teste e depois me digam qual foi a preferência.
- Cabernet Sauvignon
- Tannat
- Malbec
- Syrah
- Touriga Nacional
- Tempranillo
- Carmenére
- Entre outros que sigam essa mesma linha.
Nesse caso, eu não arriscaria um exemplar com passagem muito longa por carvalho, ao ponto da madeira mascarar o sabor frutado do vinho. Também acho perfeitamente possível combinar esse prato com um bom espumante ou vinho rosé.
PARA SE AVENTURAR NA COZINHA
Essa é para os chefs amadores se arriscarem a preparar o próprio hambúrguer artesanal.
Anote a receitinha:
Ingredientes:
– 5oo g de carne moída ( contrafilé, acém ou picanha).
– 1/2 cebola grande bem picadinha, quase moída.
– 2 colheres (chá) rasas de sal
– 1 colher (chá) rasa de pimenta do reino preta moída
Modo de preparo:
- O ideal é você usar uma frigideira grande e pesada, mas se não tiver, use a sua frigideira normal, do dia-a-dia.
- Em um recipiente grande o suficiente para você poder mexer todos os ingredientes dentro dele, coloque a carne e os temperos.
- Com as mãos limpas, mexa tudo muito bem. Espalhe o sal e a pimenta direitinho, para temperar por igual a carne inteira. Procure fazer isso sem esmagar demais a carne, para ela não ficar igual a um purê e resultar num hambúrguer duro.
- Depois de misturar, lave bem as mãos. Nunca deixe de lavar as mãos depois de manipular uma carne crua ou qualquer coisa que esteja e contato com ela.
- Aqueça a frigideira. Acenda o fogo, espere um minutinho e coloque um pedaço pequeno da carne, que vai fazer aquele: “tsssssss”. Deixe ele grelhar (não sei o tempo que vai levar porque depende do tamanho do pedacinho que você lascou) e então experimente – só não se esqueça de desligar o fogo, se não for usar a frigideira logo depois.
- Agora que sua carne está perfeita para virar hambúrguer, já é hora de começar a moldá-los.
- Seus hambúrgueres podem ser baixinhos ou altões. Os mais altos serão mais difíceis de acertar o ponto de cozimento, porque podem ficar muito mal passados no interior ou secos demais por fora. Recomendo que comece por hambúrgueres mais baixos até “pegar a manha” do cozimento! Só não faça tão baixos quanto os congelados, ok?
- Hambúrgueres moldados, chegou a hora de aquecer a frigideira.
- O tempo de cozimento de cada lado varia conforme a altura do hambúrguer, mas a média é de uns 3 minutos de cada lado (para ficar ao ponto para mal passado) e mais 1 minuto (em cada lado) para alcançar cada estágio de cozimento acima: ao ponto e bem passado. O limite de tempo, seguindo esse cálculo, é de 10 minutos no total. Se passar muito, a carne vai ficar seca.
- Ah! Para qualquer outro tipo de carne que não seja a bovina, o ponto é sempre o mesmo: bem passado!
- Uma coisa que deve dar certo com você também: quando a carne solta do fundo da frigideira, é porque já pode ser virada.
- Agora, um erro muito cometido: não pode ficar apertando o hambúrguer com a espátula, como os chapeiros costumam fazer. Além de apertar a carne, também faz com que ela perca líquido e grude mais no fundo.
- Uma coisa legal de fazer para dar um “tcham”, é espalhar um pouco de “sal marinho” sobre a carne antes de servir. Pode ser ainda na frigideira, quando estiver quase pronto. Esse sal é marinho, como todos os outros, mas tem características físicas que fazem com que você sinta uma deliciosa explosão crocante de sabor na sua boca. Deram esse nome para ele, então procure pelo nome dado.
Hora de servir!
Se não quiser montar o hambúrguer com pão e tal, sirva no prato com salada, torrada, batatas assadas, fritas ou como quiser. Deixe a imaginação fluir!
Essa receitinha eu peguei no site Socorro na Cozinha. A Vanessa Nunes, autora do blog, é cozinheira de mão cheia e dá outros detalhes por lá. Eu adoro e vale a pena conhecer.
Então é isso, enoamigos! Celebre o dia 28 em grande estilo com hambúrguer, amigos e a nossa bebida dos deuses.
Até a próxima! Bons Vinhos! Tim-Tim!
[…] é preciso ser chef para criar um hambúrguer com cara de Burguer Fest. Dá só uma olhada nesse post que publicamos, anote a receita e prepare seu próprio hambúrguer artesanal em casa. Nesse outro artigo, você […]
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Republicou isso em Vila Viníferae comentado:
Vinho e Hambúrguer têm tudo a ver!
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