Há tempos que o cor de rosa passou a simbolizar o romance em todo o mundo. Para mim, rosa não é brega e muito menos coisa de “mulherzinha”, assim como pensam os machistas. Acredite: nas garrafas cor-de-rosa é que reside um dos néctares de Baco mais amados por quem aprecia vinho de verdade, o Rosé!
Além de serem lindos esteticamente (na taça, então, nem se fala!), os rosés são alguns dos vinhos mais versáteis para combinar com pratos culinários. Vão bem com salmão, frutos do mar e carnes leves. No século XXI, eles voltaram com tudo, graças ao fim do preconceito e à inclinação dos enófilos por degustar exemplares diferentes dos tradicionais tintos e brancos.
Então, meu amigo, prepare-se para descobrir as delícias de beber pink. Vamos lá!
COMO O ROSÉ É FEITO?
Ao contrário do vinho branco, o rosado só pode ser produzido com uvas tintas, visto que é na casca da uva que se encontram os pigmentos corantes vermelhos (antocianos). Para determinar a intensidade da cor, o enólogo deixa as cascas em contato com o mosto (suco da uva) por mais ou menos tempo. A região francesa da Champagne é a única que ainda produz espumantes com base na mistura de uvas brancas e tintas.
ÁREAS DEMARCADAS:
Assim como outros vinhos, a busca pela qualidade levou os viticultores a criarem áreas de produção demarcadas, como a (AOC) Cotes de Provence em 1977, Coteaux d’Aix en Provence (1985) e Coteaux Varois en Provence (1993). Por tudo isso, a Provence tornou – se a referência mundial para vinhos rosés, sendo atualmente responsável por aproximadamente 10 % de todo rosé produzido no mundo (detalhe: exportam somente 11% da produção – os franceses bebem quase tudo!). Podemos dizer que nos últimos 20 anos, a região modificou seu perfil produtor de grandes quantidades, e passou a ditar regras e normas de qualidade em vinhos rosés.
Mas não é só na Provence que encontramos rosés de qualidade. Portugal (o Mateus Rosé se tornou tradicionalíssimo), Argentina (que produz os famosos Malbecs Rosés), Chile e Brasil também nos brindam com ótimos pinks, incluindo espumantes maravilhosos.
O PREFERIDO DE MADONNA
E não é que a rainha do pop se deixou seduzir por um rosé brazuca? Trata-se do Villa Francioni, produzido em São Joaquim (SC). Composto de oito uvas, Cabernet Sauvignon, Cabertnet Franc, Sangiovese, Syrah, Petit Verdot, Pinot Noir, Merlot e Malbbec, o assemblage tem um delicado aroma de frutas e flores, lembrando romã, pêssego e rosas, destacados por um discreto tom cítrico.
Durante sua passagem pelo Brasil, em 2009, a cantora conheceu o Villa Francioni, após sugestão do sommelier Manoel Beato, do Grupo Fasano. Segundo o profissional, Madonna pediu a sugestão de um rosé, mas por orientação de um colega brasileiro, optou por um vinho importado. Como a cantora gostou do vinho, solicitou outra garrafa, foi quando o sommelier do local arriscou e apresentou o Villa Francioni. Já no primeiro gole, a Madonna perguntou a Beato onde poderia comprar a garrafa. A preferência da cantora causou frisson entre as celebridades. É válido ressaltar que o rosé de São Joaquim é o mais vendido atualmente no Copacabana Palace.
ONDE COMPRAR:
- Rosés da Provence, Chile, Brasil e Argentina: Na Wine In Pack você encontra seleções dos maravilhosos rosés franceses, que dispensam apresentações. O site ainda disponibiliza rosés brasileiros e de outros países, como Chile e Argentina.
- Rosés Portugueses: os hipermercados do Grupo Pão de Açúcar são os mais especializados em exemplares lusitanos, como Callamares, Mateus, Casal Garcia, Casal Mendes e Lancers.
- Villa Francioni (o Rosé de Madonna): está à venda no site Cave Nacional, especializado em vinhos brazucas. Há, ainda, outros ótimos exemplares de rosés brasileiros no portfólio da Cave.
Então é isso, amigos. Um bom rosé tem seu lugar em qualquer estação do ano. Mude seus conceitos e aventure-se.
Até a próxima! Bons Vinhos! Tim-Tim!