Degustação: a cor diz muito sobre o vinho fino

Entre as etapas da degustação, o contato visual é muito importante. E o que ele diz vai muito além de tinto, branco ou rosado. Por isso, amigo enófilo, a próxima vez que estiver diante de uma taça, prestes a degustá-la, atente-se bastante à coloração do vinho e descubra diversas informações sobre ele.

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Sei que muitas vezes a gente não presta muito atenção nisso e se preocupa mais com os odores e sabores do fermentado. Pensando nisso, hoje trouxe alguns fatores interessantes a se saber sobre a cor do nosso amado néctar de Baco.

A COR PROVÉM DAS CASCAS DAS UVAS

Quando você pressiona qualquer uva, seja branca ou tinta, o suco que sai de dentro dela possui coloração que varia entre o incolor e o dourado. Por exemplo, o Champanhe muitas vezes é elaborado com uvas Pinot Noir e Pinot Meunier (originalmente tintas), mas seu produto final, além de delicioso, ostenta aquele lindo tom dourado.

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Após a prensagem das uvas, o mosto (suco) é reservado juntamente com as cascas, que darão cor à bebida. Caso o produtor queira um vinho branco, as cascas devem ser rapidamente removidas, a fim de que não se adicione a cor. Quanto maior for o contato das cascas com o mosto, mais intensa será a sua coloração vermelha. E se a uva já tiver a casca grossa, como é o caso da Malbec ou Syrah, a tendência é a de ter um vermelho ainda mais escuro.

COR E TANINOS ESTÃO RELACIONADOS

Além de pigmentos, as cascas das uvas tintas também possuem taninos. Estes são os responsáveis por aquela sensação de “fruta com cica”, que sentimos ao aproximarmos a língua do “céu da boca” logo após degustarmos um tinto. É o que dá adstringência e presença à bebida. Costumo dizer que um exemplar com taninos bem presentes, já “chega chegando”. Portanto, quanto maior for o contato das cascas com o mosto e mais escura for a bebida, maior será a sua quantidade de taninos.

Os taninos dão sabor ao vinho, ao mesmo tempo em que contribuem para sua evolução e envelhecimento. A idade também modifica sua coloração. Os exemplares brancos geralmente não são feitos para guarda. Logo, conforme o tempo passa, observa-se que sua cor vai ficando alaranjada, chegando a tijolo ou âmbar. Por outro lado, os tintos se tornam marrons ou até mesmo vão perdendo a cor.

A COR É O PRIMEIRO INDICATIVO DE SABOR 

Para ser mais clara, a cor do vinho é um alerta do que está por vir em termos de sabor. Se um branco possui coloração amarelo-pálido, com um ligeiro tom esverdeado, pode esperar por um vinho leve e fresco, do tipo que acompanha bem pratos à base de sushi e sashimi.

Por outro lado, se você inclinar sua taça de vinho tinto e não conseguir enxergar absolutamente nada através dela, é bem possível que você esteja diante de uma bebida altamente encorpada e concentrada, que casaria superbem com pratos à base de carne vermelha.

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Viram como o contato visual, sobretudo com a coloração, pode dar informações preciosas sobre a bebida, antes de mesmo de sentirmos seu odor ou sabor? Que tal treinar na próxima vez em que for degustar um bom vinho? Depois me conte sobre suas descobertas.

Boa semana e ótimos vinhos! Tim-Tim!

Referência: Vivino

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