(Vivendo e Aprendendo) Qual a Diferença Entre Vinho Reserva e Reservado?

Reserva? Reservado? Pode parecer óbvio para os iniciados no mundo do vinho, mas muita gente se confunde com esses dois termos, tão utilizados pelas vinícolas. Você já deve ter percebido que as bebidas com a qualificação “Reservado” são facilmente encontradas nas prateleiras dos supermercados e, na maioria das vezes, possuem o preço bem em conta. Por outro lado, as de rótulo “Reserva” são mais caras e não estão disponíveis em qualquer esquina. Mas, qual a diferença entre elas? Afinal, os nomes são tão parecidos….

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Sem falar que, para complicar ainda mais a nossa vida, cada país possui a sua própria regra de denominação (ou não) para cada especificação.

NOVO MUNDO

Reservado:

Por aqui, os vinhos denominados “Reservado” costumam ser frutados, sem madeira e nenhuma complexidade. É o vinho de entrada das vinícolas. Como na América do Sul não há regra quanto a isso, os produtores inventaram esse nome para dar uma “valorizada” em um produto que é considerado inferior frente aos demais rótulos das casas.

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Porém, na minha opinião, isso não quer dizer que estes não sejam agradáveis para beber ou que não mereçam estar na sua mesa. Para mim, há um vinho para cada momento. Um reservado cai bem para o dia-a-dia, ou seja, aquela tacinha que você toma toda noite. Contém resveratrol e colabora com a saúde do coração.

INVISTA NO QUE TE FAZ FELIZ

Se você é iniciante e não deseja investir muito dinheiro em vinhos, o Reservado também pode ser uma ótima opção de aprendizado. É a partir dele que você vai pegando o gosto pela coisa e se estimulando a degustar rótulos mais elaborados. Ou, como diria o meu amigo Peter Wolffenbüttel, do blog Além do Vinho, “O importante é beber o que te faz feliz”. 

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Apesar de não considerá-lo, como muitos dizem, “Reservado para jogar fora”, não concordo com essa denominação, pois isso, além de confundir, ilude o consumidor menos instruído no mundo dos vinhos.

Ou seja, faz com que as pessoas tenham a ideia de se tratar de um produto selecionado e não é bem assim. São vinhos produzidos em larga escala, para consumo imediato e, no Chile, por exemplo, são direcionados apenas para exportação, se aproveitando da falta de conhecimento dos consumidores de outros países, como é o caso do Brasil.

Reserva:

Já o termo Reserva, no Chile e na Argentina, refere-se a um vinho que foi produzido com mais esmero, desde a seleção das uvas ao processo de vinificação. Grande parte dos exemplares que trazem essa classificação passam por barricas de carvalho, mas isto não é regra. De qualquer forma, são bebidas de maior qualidade que os Reservados. Os vinhos de entrada mesmo, nesses países, costuma ser o varietal. 

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VELHO MUNDO

Para cada país existe uma legislação. Na Espanha, por exemplo, o termo reserva se refere a vinhos que têm como regra amadurecer 36 meses, sendo pelo menos 12 deles em barricas e os outros 24 na garrafa, antes de irem para o mercado.

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Na Itália existe o termo riserva que também é controlado por uma legislação, onde, como regra, o vinho tem de amadurecer por pelo menos três anos antes de ser comercializado.


Amigos, o que eu acho importante nessa história? É saber exatamente o que estamos adquirindo. Por muitas vezes, sobretudo no início da minha caminhada na enofilia, comprei vinhos de titulação pensando em se tratar de uma denominação de melhor qualidade. Achava que era mais barato porque tem o Mercosul, né? Quanta ingenuidade..rs.rs.rs..
Então, a ordem de classificação de qualidade para Chile e Argentina é: vinho de entrada , Reservado (para exportação), Varietal, Reserva, Reserva Especial, Gran Reserva, Edição Limitada, e por aí vai…
Até a próxima! Ótimos vinhos! Tim-Tim!

4 Comments

    1. Sabrina, com todo respeito e como você mesmo diz em suas escritas; não existe D.O. nos países da América do Sul e portanto os termos reservas, reservados, etc., não querem dizer nada e eu acho que só servem para confundir e até mesmo enganar os consumidores iniciantes com um marketing incisivo. Abraços e sou seu seguidor.

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      1. Pois é, acho que falta uma legislação séria sobre isso aqui na América do Sul, a fim de que as pessoas saibam exatamente o que estão adquirindo. Muito obrigada por prestigiar o blog. Abraços! Tim-Tim!

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