Sou uma amante dos vinhos finos brancos, do tipo que não os abandona nem no inverno. E, quando se trata deles, não tenho casta favorita. Cada um me conquistou de um jeito, por suas próprias qualidades.
Os vinhos da casta Sauvignon Blanc, por exemplo, me atraem por serem os mais aromáticos. Amo tentar descobrir suas nuances olfativas. Abacaxi, Maracujá, Maçã Verde… Sem falar que sua leveza e frescor possibilitam inúmeras combinações com alimentos, todas deliciosas!
SAUVIGNON BLANC
A Sauvignon Blanc é uma das cepas mais plantadas no mundo, sobretudo na região francesa do Vale do Loire, mesmo sendo originária do terroir de Bordeaux.
Ultimamente, tenho provado vinhos finos de outros países, incluindo África do Sul e Nova Zelândia. Neste último, a Sauvignon Blanc ganhou destaque e personalidade própria. Porém, ela também é facilmente encontrada no Chile, Brasil e Estados Unidos, tendo se adaptado lindamente nessas regiões.
Outro aspecto curioso é que a uva Sauvignon Blanc, em conjunto com a tinta Cabernet Franc, formam o cruzamento daquela que é considerada a Rainha das Uvas Tintas: a Cabernet Sauvignon.
NO VELHO MUNDO
Falando de França, tanto no Vale do Loire quanto em Bordeaux, a Sauvignon Blanc produz estilos de vinho bastante diversificados. No Loire, ela é protagonista de exemplares como Sancerre, Pouilly-Fumé e Menetou-Salon. Apesar de diferentes entre si, esses vinhos podem exalar notas minerais, de lima e até grama cortada! Sabe aquele cheirinho de mato fresco? Adoro!
Em Bordeaux, a Sauvignon Blanc costuma participar de assemblages com a branca Sémillon, tanto em vinhos secos leves quanto na formação de vinhos doces botritizados, como o Sauternes.
NO NOVO MUNDO
Voltando à Nova Zelândia, os vinhos finos produzidos com essa casta na região de Malbourough conquistaram o mundo. Na minha última aula do Ciclo Básico, na ABS, degustamos um exemplar desse, que tinha passado por barrica de carvalho. Além de extremamente aromático, com notas de maracujá e goiaba, ainda tinha aquele toque amanteigado, típico da madeira. Sem dúvida, um rótulo de bastante personalidade. Ótimo para quem gosta de explorar novos sabores.

No Chile, também é possível encontrar vinhos muito interessantes elaborados com Sauvignon Blanc, sobretudo aqueles produzidos na região de Casablanca.
No Brasil, tenho ouvido muito falar de um rótulo chamado Dona Enny, da Vinícola Villaggio Bassetti. Trata-se de um vinho de altitude, elaborado na Serra Catarinense e que já recebeu diversos prêmios. Pretendo degustá-lo ainda esse mês, nas minhas férias nesse terroir.
HARMONIZAÇÃO
Aromática e naturalmente ácida, a Sauvignon Blanc produz exemplares que harmonizam perfeitamente bem com queijo de cabra (experimentei esta semana, no meu curso de queijos & vinhos) e risotto de aspargos, sendo que este último é um dos ingredientes mais difíceis de se combinar com vinho.
Geralmente, o Sauvignon Blanc é minha primeira escolha para acompanhar iguarias da culinária japonesa, como sushis e sashimis, sobretudo os rolinhos-califórnia elaborado com pepino e frutas. Frutos do mar, em geral, também formam um par delícia com esse branco, que certamente é um dos meus queridinhos.

E, se você ainda tem resistência em degustar rótulos brancos, mude seus conceitos e permita-se desfrutar de um refrescante Sauvignon Blanc. Ideal na companhia dos amigos, seja em um dia de sol, na beira da piscina, ou no friozinho, em torno de um saboroso fondue de queijo.
Espero que tenham gostado! Bons Vinhos! Tim-Tim!