Wine Tour: Visita à Vinícola Villa Francioni, em Santa Catarina

Enfim, estou de volta após merecidas férias. E, como antecipei aqui para vocês, passei pela bela Serra Catarinense. O lugar é encantador, bucólico e cercado pela natureza. Sem falar no friozinho delicioso, capaz de deixar qualquer programação ainda mais aconchegante.

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Entrada da Villa Francioni

Como fui com marido e filha de 2 anos, infelizmente não pude rodar por todas as vinícolas. Afinal, tinha que pensar em passeios para eles também. Porém, a Villa Francioni, desde o início, estava nos meus planos como visita obrigatória. E, sim, agradou toda a família!

RESERVE COM ANTECEDÊNCIA

Vale a pena agendar a visita o quanto antes, no Site da Vinícola. Sobretudo em períodos de alta temporada, os horários costumam estar lotados. Fomos numa segunda-feira, às 11h da manhã e confesso que o movimento me surpreendeu. Chegamos em cima da hora, pois nos hospedamos em Bom Jardim da Serra, que fica a 40 minutos de São Joaquim. O lugar não é difícil de encontrar, aliás, as vinícolas são bem próximas, sendo que a Villa Francioni é a primeira delas, localizada do lado direito da rodovia SC 114.

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Vinhedos com tela de proteção: as araucárias dão um charme ainda mais especial ao lugar

VINÍCOLA LINDA E LUXUOSA

Ao chegar na VF, toquei a campainha e efetuei o pagamento na entrada (R$40 por pessoa, sendo que R$3o deste valor pode ser revertido em vinhos da vinícola. Minha pequena não pagou ingresso). No início da visitação, é transmitido um vídeo sobre a empresa. Em seguida, somos levados ao interior da Villa, que é simplesmente um dos mais lindos entre todas as vinícolas que tive oportunidade de visitar até então. Há, inclusive, algumas peças de antiquário, como um vitral de um antigo cassino uruguaio e uma mesa que pertenceu ao imperador Dom Pedro II. Os lustres, obras de arte na entrada, enfim, tudo possui um ar de museu, tornando a visitação interessante além do vinho.

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Uma das obras de arte do interior da vinícola

VISITAÇÃO

Logo no início, fomos conduzidos aos ambientes nos quais se localizam tanques de alumínio onde fermentam os vinhos. É tudo aberto e integrado, semelhante a um grande loft. Sendo assim, podemos visualizar o interior da vinícola como um cenário único e nos deixamos guiar através das escadas. Um funcionário da VF explica cada processo nos mínimos detalhes, incluindo a fabricação do vinho rosé, que costuma gerar dúvidas na maioria das pessoas. Em seguida, acompanhamos o processo de colocação das rolhas (todas de cortiça portuguesa, de primeira qualidade), bem como dos rótulos nas garrafas.

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O lugar surpreende pelos detalhes da decoração.

UMA BELA CAVE

Por fim, fomos ao subsolo, onde se encontra a cave. O lugar é perfeito, frio, úmido e com pouca luminosidade. Neste mesmo local, nos deparamos com garrafas de espumante que passavam pela técnica de remuage, uma das etapas do processo de espumatização ao estilo tradicional da Champagne (champenoise).

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O escurinho da Cave da VF: onde os vinhos amadurecem sossegados

Ou seja, estantes de madeira com buracos circulares perfurados permitem que as garrafas sejam presas de cabeça para baixo e duas vezes por dia as mesmas são giradas de forma manual, a fim de conduzir os restos de leveduras e sedimentos acumulados ao gargalo. Logo, após a retirada da rolha, os sólidos são expulsos naturalmente pela pressão dos gases e, após purificado, o vinho é novamente lacrado com a rolha. Nunca tinha visto uma remuage de perto. Bati muitas fotos que ficaram escuras, visto que não era permitido o uso de flashes na cave.

DEGUSTAÇÃO

Por fim, uma das melhores etapas do passeio, aquela esperada por todos os enófilos: a degustação. Fomos levados a uma sala linda e aconchegante, com mesinhas e cadeiras. Primeiro, provamos o espumante Brut Nature. Em seguida, o Sauvignon Blanc, o Rosé e os Tintos Joaquim (corte de Cabernet Sauvignon e Merlot) e Francesco (corte de Merlot, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Malbec e Syrah). Para mim, esses dois últimos foram os melhores. Quanto ao rosé, confesso que me decepcionei um pouquinho. Achei o retrogosto um tanto quanto amargo, mas acredito que este tenha sido servido na temperatura incorreta, visto que estava muito “quente” para que a experiência fosse 100%.

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Um pouco do portfólio da Villa Francioni

Após a degustação, adquirimos os vinhos preferidos na lojinha da Villa. Optei por levar um Joaquim e um Francesco. Com os descontos dos nossos ingressos, com certeza foi um ótimo negócio.

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Degustando  Joaquim, um dos meus rótulos preferidos. 

Já estava com saudades de escrever para vocês! Acabei não levando computador e a internet local não era das melhores. Mas, enfim, estou de volta! Por isso, aguardem, amigos, pois nos próximos posts vou relatar outros detalhes do meu passeio pela Serra Catarinense. 

Bons vinhos! Tim-Tim!

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