10 Respostas Para Acabar De Uma Vez Por Todas com os Mitos Sobre o Vinho

É fato que exímios conhecedores de vinhos costumam intimidar quem entende pouco ou nada do assunto. Pois bem, hoje trouxe algumas dúvidas que muitos de nós já tivemos, com respostas que desmistificam muitas ideias errôneas sobre o mundo de Baco. É para fazer bonito frente aos enófilos mais experientes. Prepare-se!

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1. Os aromas são adicionados ao vinho?

Esta é uma dúvida que acomete muitos iniciantes. Muitas vezes, para descrever um vinho, os entendedores usam palavras como groselha, framboesa, trufas, couro e assim por diante. A verdade é que não há sabores adicionados e sim substâncias resultantes da fermentação que são associadas aos odores de frutas, flores etc.

2. Um assemblage (ou corte) é como um suco de várias frutas diferentes?

Um assemblage (ou corte) é um vinho elaborado com diferentes variedades de uvas, então, de certa forma, é mais ou menos isso mesmo. Porém, um corte é algum mais complexo que um simples “suquinho”. Enólogos superqualificados colocam diversas porcentagens de cada uva no nosso néctar, a fim de que o mesmo tenha um sabor especial, com o que há de melhor em cada casta. Ao meu ver, são verdadeiras obras de arte.

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3. Qual é o melhor vinho do mundo?

Essa é uma pergunta bastante subjetiva. Afinal, como sabemos, vinho é uma questão de gosto pessoal. Porém, existem rótulos de muito renome e que agradam um grande número de enófilos pelo mundo, como Petrus, Margaux, Mouton e o famosíssimo Romaneé Conti. Mas, nenhum deles é, necessariamente melhor do que seus pares. Uma boa reputação nem sempre depende das virtudes do produto.

4. Rosé é vinho para mulher?

Mas uma vez entramos na história do sexismo… azul é cor de meninos e rosa de… meninas! Uma pena que alguns apreciadores ainda hoje tenham esse tipo de preconceito. Os vinhos rosés são elaborados com uvas tintas da melhor qualidade e são extremamente agradáveis, refrescantes, aromáticos e versáteis. Definitivamente, quem pensa desta forma se priva de aproveitar um bom vinho.

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5. Em que recipiente o vinho é feito?

Nas rodas de degustação tem sempre alguém que joga essa pergunta. É como perguntar ao cozinheiro se os legumes são salteados em frigideira de inox ou teflon. Não vai mudar o sabor, mas é função dos “entendidos” perguntar. Vale mais se concentrar nas virtudes do vinho que no recipiente em que ele foi feito.

6. Um vinho DOC tem poderes curativos?

Para iniciados, esta pergunta pode até parecer meio engraçada. Mas, então, a resposta é: definitivamente NÃO. Denominação de Origem Controlada (DOC) é um vinho que tem um certificado de origem controlada para suas uvas e é feito de acordo com um protocolo que visa regulamentar a sua qualidade. Um dos primeiros e mais conhecidos vinhos DOCs são o do Douro, em Portugal. Há também os espumantes da Champagne, os Rosés da Provence, entre outros.

7. Os vinhos ficam melhores com o tempo?

Nem sempre isso é verdade. Grande parte dos vinhos, sobretudo os do Novo Mundo, são elaborados para serem bebidos jovens, quando sua força e expressão da fruta estão em evidência. Esses, se são guardados por tempo demais, acabam cansados e aborrecidos. Melhor deixar os velhinhos para os franceses, que certamente criam vinhos perfeitos para amadurecer por muitos e muitos anos.

8. Os tintos devem ser degustados na temperatura ambiente?

Depende de que temperatura ambiente você está falando. Se for na do Rio de Janeiro, com certeza NÃO. Imagina, um tinto que deve ser servido entre 16 e 18ºC para que libere todos os seus aromas e sabores em uma temperatura ambiente de 30ºC? Desastre na certa! Ou seja, por aqui o lance é dar um tempinho com o fermentado na geladeira antes de sair para o abraço.

9. O que é uma IG num rótulo de vinho?

Trata-se de uma pergunta bem pertinente, mesmo que não desmistifique nenhum mito. IG quer dizer Indicação Geográfica. É um conceito novo, que acompanha rótulos de vinhos cujas regiões de origem são consideradas declaradamente diferentes do resto. Ultimamente, mais e mais vinhos vêm com sua IG no rótulo. Fiquem atentos!

10. Vinho Não-Filtrado é melhor?

Há um tempo atrás era moda os consumidores buscarem por vinhos não-filtrados alegando que estes conservavam melhor as características do seu terroir de origem. Porém, isso não é sinal de maior qualidade. Os vinhos não-filtrados devem ser bem-feitos, a fim de que mantenham um equilíbrio. Ou seja, para que um enólogo não precise filtrar o vinho, desde o vinhedo, o trabalho precisa de cuidados extremos. O manejo das vinhas deve ser cauteloso para produção de uvas com ótima sanidade e todo o processo de vinificação deve ser acompanhado com o intuito de garantir que o vinho tenha condições físico-químicas que dispense a filtração.

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Então é isso, enoamigos! Não importa se você é iniciante ou iniciado! Espero que muitas das suas dúvidas tenham sido solucionadas. Afinal, vinho é um constante aprendizado. E quando a gente sabe o que bebe, a experiência tende a ser ainda mais prazerosa.

Até a próxima! Ótimos vinhos! Tim-Tim!

 

 

 

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