6 Dicas Para Harmonizar Vinho e Comida

Desde que comecei com o blog, volta e meia algum amigo me pede dicas sobre vinhos e qual rótulo escolher. Nessa hora, sou categórica em responder que vinho é uma questão de gosto pessoal e o ideal é optar por aquele que te faça feliz, não importa se é branco, tinto, seco ou doce.

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Porém, em se tratando de combinar a nossa bebida favorita com pratos culinários, é bom abrir os horizontes e arriscar novos sabores. Tudo porque o vinho errado pode fatalmente estragar determinada iguaria e vice-versa, independente se o rótulo é maravilhoso e custou os olhos da cara. 

Por isso, hoje trouxe 6 regras de ouro, que vão ajudá-lo a casar vinho e comida de forma rápida e eficiente. Vamos lá!

1- ÁCIDO PRECISA DE ÁCIDO

Qualquer alimento com boa acidez pede um vinho ácido. Basta espremer um limão na comida e voilá, já dá samba. Se você pretende servir um macarrão ao molho de tomate, por exemplo, vale optar por um Chianti, Nebbiolo ou até mesmo Sauvignon Blanc.

Servir um vinho com acidez elevada em uma refeição como essa traz à tona as notas cítricas dos alimentos. Se você é fã de vinhos tintos e pretende harmonizar um desses rótulos com pratos à base de carne de porco ou frango (que caem superbem com um toque cítrico), escolha um tinto com alta acidez e poucos taninos, sobretudo para a carne branca. Você acha que a comida precisa de mais acidez? Então, um rótulo ácido também é capaz de solucionar esse impasse. 

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2- TANINOS PRECISAM DE GORDURA

Em primeiro lugar, o que é tanino? É um componente adstringente do vinho tinto que lhe dá uma certa estrutura, ou seja, aquela sensação áspera ao tocarmos a ponta da língua no céu da boca,ou seja, a cica da fruta. Exemplares muito tânicos precisam de gordura para manter o equilíbrio, visto que esta suaviza os taninos, deixando-os mais macios e agradáveis ao paladar. Sendo assim, nada melhor que degustar um Cabernet Sauvignon ao lado de uma bela carne suculenta.

3- FRUTOS DO MAR COMBINAM COM ACIDEZ E NÃO COM TANINOS

Por mais que você seja iniciante na arte da harmonização, provavelmente você já deve ter ouvido que “vinho branco combina com carne branca e vinho tinto combina com carne vermelha”. E isso se deve pela acidez e taninos, ao passo que não tem nada a ver com as cores das bebidas e dos alimentos.

Ao juntarmos um tinto bem tânico com um prato à base de peixe, por exemplo, é comum sentirmos um gosto metálico, que não é nada agradável. Porém, se optarmos por um tinto mais leve, a coisa muda de figura, sendo possível acertar no ponto. Por outro lado, se combinarmos uma costela com um rótulo branco, este não terá estrutura suficiente para sustentar um prato tão gorduroso e a gente termina com aquela sensação de que “falta alguma coisa”. Na verdade, essa regra explica um pouquinho melhor as anteriores.

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4- O VINHO COMBINA COM OS SABORES DOMINANTES, NÃO NECESSARIAMENTE COM A PROTEÍNA.

Mais uma razão para não levarmos a regra do “branco com carne branca e tinto com carne vermelha” tão ao pé da letra. Ou seja, não é porque você tem um prato de carne de porco que necessariamente você precisa de um vinho tinto tânico.

Se a carne acompanha um molho vermelho bem potente, ok. Vai fundo no tanino…Mas se o molho é um creme à base de limão, por exemplo, melhor optar por um tinto mais leve ou um branco ácido. Neste caso, se o sabor dominante é o do molho, então é ele quem define a escolha do vinho. 

5- PRATOS PICANTES PRECISAM DE AÇÚCAR 

Servir um prato apimentado com vinho tinto tânico é desastre na certa! O álcool é intensificado pelo sabor picante, ou seja, são dois elementos potentes que definitivamente não casam bem.

Aqui, eu optaria por um rótulo doce, de baixa graduação alcoólica. Mesmo se você não gosta de vinhos mais adocicados, você vai se surpreender ao descobrir o quanto os açúcares são alterados com a introdução das especiarias. Experimente harmonizar pratos deste tipo com Gewürztraminer  ou um Riesling mais adocicado.

Hoje mesmo almocei um ceviche peruano bem picante que ficaria perfeito com um desses exemplares. Como eu estava em um restaurante, preferi um drink com pisco, bem típico. Mas, numa próxima vez, com certeza chegarei com esses rótulos em mente.

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6 – DOCE PRECISA DE MAIS DOCE

Sobremesas ficam ainda mais encantadoras quando acompanhadas por vinhos igualmente doces. Mesmo que você não seja fã de rótulos de sobremesa, experimente combinar uma mousse de chocolate com um Porto Tawny, por exemplo, e verá que esta harmonização muda completamente os sabores de ambos.

E aí? Bora colocar essas regrinhas em prática? Acredite, com a harmonização certa, a tendência é que o vinho dê tudo de si, potencializando os sabores dos pratos e vice-versa.

Até a próxima! Boa semana! Bons vinhos!

 

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