Harmonização: Vinho e Comida Árabe

Gente, eu adoro a culinária árabe! É um misto de sabores que se complementam. Quibes, esfihas, tabule, homus tahine, arroz com lentilha…. Hummmm….. E não é que esses pratos também combinam muito com o vinho? Por isso, na próxima vez que você for degustar as delícias do oriente médio experimente esse casamento, que tem tudo para ser muito feliz e duradouro.

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Esfiha Aberta

De um modo geral, a cozinha árabe é delicada e perfumada, devido às especiarias, sobretudo à pimenta síria. Outros ingredientes, como iogurte, cebola e limão também se destacam, principamente quando podemos dosá-los separadamente no prato.

HARMONIZANDO COM VINHOS

Para acompanhar saladas tradicionais, como as de Grão de Bico e o Tabule: brancos, de boa acidez e relativamente frutados, sem passagem por madeira. Evite vinhos muito encorpados, visto que estes poderão se sobrepor ao sabor do prato. Aqui, as melhores opções são: Chardonnay sem madeira e Sauvignon Blanc fresco e jovem.

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Tabule

Para pratos leves à base de carne, como Quibes, Esfihas e Kaftas: esses casam superbem com tintos frescos e frutados. Assim como no caso dos brancos, é importante escolher exemplares de corpo leve ou médio, a fim de que seu sabor e tanicidade não dominem a refeição, colocando os dos pratos para escanteio.  Invista em: Pinot Noir ou Beaujolais (uva Gamay). Li que os vinhos do novo mundo podem ter o sabor muito acentuado e prejudicar a degustação dos pratos. Porém, eu arriscaria sim, um Merlot ou Carmenére sul-americanos. 

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Quibe

Para pratos à base de Frango e Carneiro: aí sim, imagino que você possa mandar ver num tinto mais estruturado. Por esses pratos terem um sabor mais ressaltado e incrementado pelas especiarias, eu arriscaria um Syrah ou Cabernet Sauvignon do Novo Mundo. Acredito que também combinem com europeus, como um belo Bordeaux ou Rioja Reserva. Tempranillos jovens, sem passagem por madeira, também são ótimas opções. 

Homus Tahine: apesar de não ter um sabor muito intenso, esse prato, que geralmente é servido como entrada, acompanhado de pão sírio, apresenta textura pastosa, com um final levemente adstringente e pouco usual em uma pasta ou patê. Sem falar no limão e no gergelim, presentes na receita. Affe, limão é um dos inimigos do vinho.. E aí? O que fazer? Já vi que é possível harmonizar com um branco grego, o Retsina, além do Tokay em sua versão seca. Ambos possuem acidez, personalidade e afinidade de sabores com o prato. Um Sémillon australiano também seria uma boa opção nesse caso. Para simplificar, aqui eu arriscaria um Riesling Seco, Espumante Brut ou Sauvignon Blanc. Por que não? Tudo é teste e experimentação.

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Homus Tahine: By Serge Melki from Indianapolis, USA – Noura Restaurant, CC BY 2.0

Espero que tenham gostado das combinações. Tive vontade de arriscar vários palpites e ideias sobre vinho e cozinha árabe. Delícia!

Bon apetit! Tim-Tim!

 

 

5 comentários

  1. e caso coloquem desde a salada às carnes.. quais dos vinhos indica para saborear com todos pratos, sem ter que misturar do branco ao tinto?

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